18 agosto 2010

Andei presquisando sobre Frida Khalo...


e o artigo foi publicado em uma revista de Santo André...


Primeiro o livro ‘Diego e Frida’, originalmente publicado em1993 pelo Nobel francês J.M. LeClezio que aborda o conturbado relacionamento da artista mexicana com o pintor Diego Rivera, com quem se casou duas vezes. Depois, o filme ‘Frida’: um drama dirigido por Julie Taymor onde a artista mexicana é interpretada por Salma Hayek. E agora, em 2010, quando supostamente Frida faria 100 anos, a conceituada editora Cosac Naif lança ‘Frida Kahlo – Suas Fotos’ com mais de 400 fotografias do arquivo Museu Frida Kahlo, selecionadas e organizadas pelo fotógrafo, editor e curador Pablo Ortiz Monasterio. A coletânea de fotos, mais reveladora do que a biografia, mostra a obsessão da artista por auto-retratos, herança de seu pai que era fotógrafo.


Mas, quem foi essa mulher de natureza transgressora que se transformou em um mito da América Latina?

Nascida em uma pequena cidade nos arredores da Cidade do México, em La Casa Azul onde morava a família – há controvérsias a respeito da data de seu nascimento. Frida se destacou como pintora em uma época onde só os homens tinham vez. Lutou contra a dor como poucas pessoas teriam lutado. Aos seis anos de idade foi vítima de poliomielite e, aos dezoito, sofreu um grave acidente quando o trem onde viajava se chocou com um bonde e o pára-choque de um dos veículos lhe atravessou o corpo atingindo sua coluna vertebral. Obrigada a passar anos em uma cama, entre aparelhos ortopédicos, agulhas e bisturis, começou a pintar com uma caixa de tintas que pertenciam ao seu pai, e com um cavalete adaptado à cama. Usava a arte para retratar sua dor e buscar o autoconhecimento. Nas fotos do período de convalescença ela aparece sempre com adereços e flores no cabelo, brincos, colares, pulseiras, num exercício infindo de auto-estima.

Frida teve uma ascensão rápida no mundo das artes e sua vida pessoal foi marcada pelas tragédias e pelos romances conturbados. Além de Rivera, que era vinte anos mais velho que ela, e com Leon Trotsky depois que ela aderiu ao comunismo, teve várias mulheres como amantes. Suas pinturas refletem sua vida, as cores do México, a arquitetura e a cultura do país.

A paixão, as sobrancelhas grossas, as roupas indígenas mexicanas e tradicionais traduzem a imagem da sofrida artista, que morreu aos quarenta e sete anos depois de complicações com a amputação de uma perna.

Por sua biografia singular e produção artística riquíssima, a Carol Gregori Acessórios escolheu como tema para sua coleção de verão ‘Frida, Paixão pela Vida’ inspiração que agrega valor à marca cujas clientes apreciam, além de moda, arte e cultura. A concepção das peças foi uma homenagem a essa mulher de vanguarda que incomodou o mundo com sua vontade de viver.

''Piés para qué los quiero si tengo alas pa' volar''.

09 agosto 2010

Lou Reed não foi


Não foi. Que pena.
Miguel Gonçalves Mendes, diretor português fez um documentário sobre Saramago & Pilar. Fez uma edição especial para a Flip. Assisti sábado à noite na tenda dos Autores, liberada para os ingressos do telão também. Bonito demais. Adorei.

Os cheiros de Paraty


café espresso...bosta de cavalo...maresia...refogado de camarão...madeira queimando...

Domingo intenso




As mesas foram todas mais cedo, 11:30, 14:30 e 16:30. Não perdemos nenhuma. O dia estava lindo, céu cristalino a cidade mais vazia, tudo perfeito para a gente ficar com saudades. Adorei a cubana Wendy Guerra. Ela disse que andou de barco aqui em Paraty e dirigiu a lancha feito uma louca. É proibido andar de barco em Cuba, senão as pessoas fogem. O mar para os cubanos não é essa coisa bela e romântica: ele é um mar vertical, uma parede que os impede de sair. Incrível.
O livro dela já foi eleito o primeiro da fila Eu Nunca Fui primeira Dama. Bonita, paqrecendo bem menos de 40 anos - ela nasceu em 70 - contestadora e articulada.

Acabei não comprando Gênesis. Não agora, depois eu compro. No fim da Flip eu e a Lou passeamos pela cidade toda que entardecia com categoria. Para comemorar o dia dos pais com meu padrinho fomos à uma creperia francesinha, fofo o lugar.

07 agosto 2010

Chegaram os primos!



Ontem à noite chegaram meus primos, Lou e Danilo. Ficou bem animado, muitas discussões saudáveis sobre vários assuntos. Mais os assuntos interessantes da Flip. Dá para cansar. Agora à noite ainda tem mais 1 mesa com Robert Crump e sua bíblia em quadrinhos. Achei o lovro lindo, estou pesnando se vou comprar. A livraria está lotada, mesmo assim é bom ficar por lá. Sábado é o dia mais concorrido ainda vou ver um filme depois da 21:30.

Tm um café muito gostoso que se chama Café Pingado, curti duas maigas, Silvia e Helga. Um papinho de uma hora entre uma conferencia e outra, mas foi delicious. depois me cansei de ouvir poesia: Drumond e Ferreira Goular e anotei palavras bonitas que há tempos eu não ouvia.

frincha, hirto, sulco, nervos, neves e gelos, alumiando.

Diz Gullar:" Drumond nos ensinou que existe beleza mesmo nas coisas mais sórdidas..."

Paraty me ajuda a querer mudar. Quero me entender melhor e acho que devo um certo repeito à minha raiva, que é inerente ao meu ser , que foi reprimida, disfarçaca, embutida, mas escapa. Sim a filhadaputa escapa quando eu menos espero, não quero. Paraty me ajuda a pensar na solidão da multidão sedenta de cultura. Busco outra vida sempre, melhor da que eu já tenho que já é muito boa, mas quero mais, quero diferente, quero experimentar, ousar.

Depois escrevo mais, tenho pouco tempo hj.

06 agosto 2010

Olha só o beira rio....

Café com Música

Música americana dos anos 40 e 50. Um charme. Hoje perdi hora e fiquei mega feliz...estou nova em folha esperando as mesas da tarde, tem uma as 17:15 e outra às 19:30. Andei no beira rio, a coisa mais linda e tinha um solzinho perfeito. Não sei o nome do rio, mas vou me informar depois aviso.

Meus padrinhos estão de ótimo humor e demos muita risada falando besteira. Parecíamos o tapa na pantera...

05 agosto 2010

O povo que circula pela cidade...


...é mais ou menos assim: muito mais mulheres do que homens, muito mais terceira idade do que segunda ou primeira, estudantes barulhentos que não sabem o que estão fazendo aqui.

Muitos tietes do tio FHC que o seguem felizes se esquecendo que são gente muito rica fazendo de conta que são intelectuais. Ops, intelectuais e politizados. Hipongas fora de época vendendo artesanato e muitas cariocas com corpicho de cômoda com a primeira gaveta aberta e ares de eu mando aqui porrque sou carioca, cerrto? reclama pra caramba e falam muito, mas muito alto. Todas vão à feixta na seixta. ( Márcia, desculpe.)

Tem os paulistas super bem vestidos, as mulheres de maquiagem lancôme e cabelos muito bem cuidados, os homens de cachemir inglês jogadinho no ombro, sobre a camisa Lacoste, claro Geralmente são casais em busca do restaurante mais caro que alguém recomendou e que eles não podem deixar de ir.

Ah...ia me esquecendo. tem uma nova raça de jovens que adoram ouvir aulas e palestras mas não param quietos. Tiram os sapatos, ficam se ajeitando com as pernas em cima da cadeira e as meninas não param de mexer no cabelo. Enrolam, desenrolam e soltam para trás. Se esquecem que a gente está bem ali....Voa cabelo pra todo lado. Me irrita....

De manhã, de Tarde, de Noite


Moacir Scliar, Ricardo Benzaquem e Edson Nery da Fonseca falam de Gilberto Freire - poeta e cientista, cientista que escreve seus ensaios em primeira pessoa e usa linguagem poética. Juro que eu não sabia. Confunsdo od Freires todos, o educador, o pintor e o político. Mas estou aqui para isso mesmo: aprender.

Edson Nery da Fonseca dá um show. Noventa anos, charmoso, inteligenye e diz versos como ninguém. Tudo de cor e com interpretação, um deleite. Bahia de Todos os Santos e Quase Todos os Pecados, do Gilberto freire foi o escolhido para essa manhã chuvosa em Paraty. Vou procurar esse poema, lindo!

Patricia Melo, que escreveu Ladrões de Cadáveres e Lionel Shriver, que escreveu precisamos falar sobre Kevin, falaram de temas psicológicos e ambas dizem que escrevem para tentar resolver seus questionamentos internos.Questões sobre crimes, a maldade humana, a mentira, etc... Quando não se conformam ou não conseguem entender um tema, escrevem sobre ele.

Fabulas Contemporâneas foi o tema de mais uma mesa e logo a seguir...

Isabel Allende. Dei de cara com ela quando atravessava a ponte voltando da tenda dos autores. Lá estava ela de braço com um dos organizadores, de vestido preto e chale bordô. Cabelo armado, muito hair spray, cara esticada. Baixinha, quadris largos e pernas grossas, anda com certa dificuldade. Plásticas, preenchimentos e botox à vontade. Porém...ah porém...genial. Não me decepcionei nem um tiquinho ( juro que estava com medo de me decepcionar). Agora entendo porque ela sempre foi uma das minhas escritoras favoritas. Ela é meu alter-ego. Quando eu crescer quero ser assim. Mas prefiro sem a parte do botox.Ela merece uma postagem à parte.

04 agosto 2010

O tempo anda devagar em Paraty


Hoje de manhà fomos a praia. Uma paisagem cinza de tirar o folego. Nao acho os acentos nesse computador. A praia de Tabatinga fica colada a serre da Bocaina, linda e eneblinada. Esperamos um colorido barquinho de pesca chegar escoltado por gaivotas pretas, enormes, brancas menores e garcas intrometidas. Quando o barquinho aportou e fomos ver de perto os caranguejos fugirem pelas beiradas do casco as aves resolveram dar umas rasantes para pescar as sobras.

ler o jornal de manha com meu padrinho e a melhor coisa do mundo. Ele vai desfolhando o jornal e jogando as paginas para mim, fazemos uma bagunca. Na folha ilustrada, noticias de flip, na sala, um cheiro de cafe, no coracao, um utero protetor de casa de pai e mae.

Agora a tarde estou na beira do rio que passa no meio da flip, tomando um espresso e usando a internet. Ao fundo, bossa nova. Saudades de umas pessoas que adorariam estar aqui, com quem eu adoraria esta so Paramym.

Esta tocando eu sei que vou te amar...talvez eu chore...

tudo aqui acontece devagar. O cafe da manha, o almoco, os passeios, o tempo que demoro olhando um artesanato ou escolhendo um livro. nesse momento curto uma solidao na multidao...

03 agosto 2010

Insights e Fiapos


Na rodoviária, às sete da manhã tenho insghts...Fiapos de idéias que não servem para nada, só para brincar de pensar o que vou escrever e aquele andar de chutar lata que a faz quando se sente livre.
Esperando o ônibus vejo senhoras que conversam e pronunciam todas as sílabas das palavras de um português impecável, devem is para a Flip também, de jeans, jaqueta de couro e tênis. Só me assuntos com o tamanho das malas...o que será que elas levam lá dentro? Cadáveres? Eu quebro a cebeça para dimunuir o tamanho da minha mala a cada viagem com o objetivo de um dia viajar só de mochila e elas fazem questão de levar baús.

Dei uma volta na cidade ainda vazia ao entardecer. Ouço um violão tímido e uma voz possante de contralto cantando Gracias a la Vida! Eu disse...

02 agosto 2010

Paraty só Paramym


Segundona, início das aulas, terminei a tradução do livro e estou fazendo a mala para me mandar para Paraty. Que coisa boa essa paradinha no meio do ano, bem a calhar. Rua do Cemércio 31, Centro Histórico da cidade, uma casa onde a gente sabe que o tempo não passou e que é muito, mas muito bem-vinda.

Paraty, as pedras das ruas, as velas acesas nas mesinhas dos bares ao entardecer, um violão aqui outro lá. Leitores e autores, livros, muitos livros e uma vontade de saber o que se passa na cabeça daqueles que escolheram a literatura para dar seu recado.

Também quero dar meu recado. Meu livro deu uma encalhada, mas vou retomar. A cidade me inspira. Jurei para mim mesma que postaria no blog todos os dias, primeiro para manter contato, segundo para animar esse blog que anda meio mortinho, terceiro...sei lá. É bacana.

Vou pensar bastante em quem gostaria de estar lá comigo. Acho que até vou travar umas conversas por telepatia. Qualquer sinal da minha presença espiritual, não se assuste. Sou eu mesma fazendo uma viagem dentro da outra.

Até amanhã!
san