29 outubro 2010

2o. Encontro

leitura dos textos
comentários sobre o texto de Cany
vocabulário
exercício de escrita em aula - A legalização da maconha na Califórnia
2 times - 1 contra e 1 a favor -vice-versa

Para casa - estudar o texto - Mitos da Escrita - Garcez

27 outubro 2010

Textos produzidos em 22/10/10

Marcelo Fabri

O caos generalizado do trânsito na cidade de São Paulo tem raízes não só na ausência de uma política pública (plano diretor, incentivos fiscais, malha ferroviária) que defina prioridades para a cidade não parar, como também na ganância da iniciativa privada que só vislumbra crescimento nas vendas de automóveis e todos os serviços que o acompanham (apólices de seguros, acessórios, marketing).

O Estado não desenvolveu uma rede eficiente de transporte público há 30 anos atrás e hoje constata o atraso pagando um preço alto ao repetir todos os dias enormes índices de congestionamento. Ao mesmo tempo, as montadoras de automóveis estimulam a compra de seus produtos como algo essencial para a família. O sonho da liberdade em quatro rodas por apenas 60 meses financiados. O capital sempre estimula o individualismo e o pesadelo se inicia.

Leila Pereira

Educação: alunos da rede pública de ensino
O que faz os adolescentes serem tão desinteressados?
O medo de descobrir o fantástico, ou preguiça mesmo?
Há grande dificuldade em inserir conhecimento na vida
de alguém, para seu desenvolvimento pessoal!
A busca pelo conhecimento tem que partir do aluno. A
partir do momento que a pessoa resolve aprender, o es-
tudo se torna prazeroso.

22 outubro 2010

Argumento e Opinião – Sandra Schamas

1º. Encontro

Parte 1

Apresentação individual

ü escrever em 3 linhas “quem sou eu”, sem dizer o nome;

ü recolher e sortear os textos, na hora, para outro colega ler;

ü todos deverão ler um texto que não seja o seu;

ü após cada leitura os demais tentarão descobrir quem é quem;

ü uma rodada de apresentação individual;

Parte 2

O que eu espero da oficina:

(Anotar)

ü Apresentação da oficina; os Sim e os Não da oficina

SIM

NÃO

escrever em todas as oficinas

tentar “criar” um estilo

escrever em casa

bloquear a escrita por causa da gramática

ler em voz alta e ouvir nossos “leitores”

bloquear nosso fluxo de consciência

lapidar os textos

fazer julgamentos e criar preconceitos

ü O que é argumento? O que é opinião?

ü Fazer uma lista de tudo que os alunos forem dizendo sobre argumento e opinião.

ü O que esperam conseguir com essa série de oficinas? (Fichas - e só apresentar no final das oficinas)

ü Distribuição do texto de Clarice Lispector

Para a próxima oficina

Fazer um texto de, no máximo, uma lauda - 1400 caracteres com espaço com o seguinte tema: Memórias. Quando eu aprendi a escrever...

Trazer 2 artigos: 1que gostou e 1 que não gostou

HOMO LOQUENS A palavra jamais morrerá - Gabriel Perissé e


Se não parecesse exagerado amor à palavra, eu diria que educar alguém é, numa só frase: permitir-lhe o encontro com a palavra. Não só no que diz respeito à alfabetização, à ampliação do vocabulário, à apreensão das regras gramaticais sobre ortografia, conjugação, pontuação etc., ou mesmo à compreensão de termos técnicos que ajudam um profissional a dominar o seu ofício. Tudo isso é relativamente importante.

"O encontro com a palavra é mais do que importante: é essencial."

(Literatura & Educação, pp. 22-23)

HOMO LOQUENS
A palavra jamais morrerá

Por Gabriel Perissé em 30/10/2006

Navegar no oceano das imagens, clicar em ícones, televisar horas seguidas, internetar noite adentro, brincar com algum joguinho no celular, nada disso eliminará o signo verbal. Somos seres verbais, mesmo calados estamos falando, e na sala aula continua vigente a palavra, para que possamos argumentar, criticar, dialogar, conhecer.

Se uma imagem vale por mil palavras (ou talvez menos...), uma palavra também pode esclarecer, justificar a imagem. A foto legendada evidencia que nem tudo é evidente na foto. A propaganda com a imagem imensa... sempre carece de uma palavra. Ainda é um sonho de milhares chegar a escrever livros, fazer de suas idéias um conjunto de frases impressas em busca de leitores.

Existem livros mudos, sem texto, na TV assistimos a cenas que dispensam comentários, mas sempre de novo recorreremos às palavras, essas parábolas, essas "coisas" faladas e escritas que se põem paralelas ao real, e que ao real conferem sentido humano.

O gesto diz tudo, mas é a palavra que diz o quanto o gesto diz. A pintura, linguagem autônoma, e sabemos quanta linguagem para falar do pictórico, explicar o pictórico, apresentar o pictórico! Por mais que as cores, o movimento e os sons comuniquem, à palavra continua cabendo colorir, movimentar, sonorizar o nosso pensamento.

O SUOR E A LÁGRIMA - CARLOS HEITOR CONY

Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o vôo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

O engraxate era gordo e estava com calor — o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se — caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim, por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.


O texto acima foi publicado no jornal “Folha de São Paulo”, edição de 19/02/2001, e faz parte do livro “Figuras do Brasil – 80 autores em 80 anos de Folha”, Publifolhas – São Paulo, 2001, pág. 319, organização de Arthur Nestrovski.

21 outubro 2010

Tropa de elite


Que filme bom, bom mesmo: direção, edição, roteiro, fotografia, casting, argumento, tudo. Fiquei surpresa ao ver um retrato tão verdadeiro do Brasil, infelizmente.

O melhor é que ninguém pode falar nada porque se alguém abrir a boca e porque já está com a carapuça vestida...òtimo!!!

Recomendo e pode ser que eu veja de novo, tem umas falas ótimas. Padilha acabou criando um herói brasileiro. Fazia tempo que não aparecia um.

20 outubro 2010

Sou egocêntrico, sou moderno.


Saio do escritório para almoçar com meus colegas, falamos mal de todo mundo e , depois de comer meu pf faço questão qde andar com meus amigos bloquando a calçada toda. A gente gosta de comer bem depressa e andar bem devagar. Quem estiver com pressa que ande pelo meio da rua. Aproveito para fumar porque no escritório é impossível. Depois de apagar o cigarro no chão, masco chicletes e cuspo antes de entrar no prédio. Todo mundo faz isso.

Quando eu ando de carro, prefiro nem olhar para os pedestres e se alguém demora para atravessar toco a buzina e meto o carro em cima. Meu carro? É grande, cara. Adoro parar em cima da faixa porque quando o sinal fica amarelo já saio logo.

Às vezes vou para o trabalho de condução, sento mesmo no lugar de idosos, e fico lá, com meu Ipod fingindo que estou dormindo. Até babo, se for o caso. Minha casa eu levo nas costas, numa mochila enorme e acho super prático, principalmente se fico em pé no metrô.

Falo o dia inteiro no celular, resolvo um monte coisas, tiro foto na balada para colocar no facebook. Mulher? Pego todas. tenho o maior orgulho de dizer que nunca, mas nunca mesmo liguei no dia seguinte. Se encontro em um barzinho uma com quem já fiquei finjo que não conheço. Elas ficam ligando o dia todo.

Moro com meus pais. Não acho legal morar sozinho. Também só vou pra casa pra dormir. Eu até que ganho bem, pago todas as minhas contas e ainda guardo algum. tenho uma vida boa, me cuido, vou na academia, compro roupas legais, tenho meu trabalho, minhas coisas... tá tudo bem.

19 outubro 2010

Paraty de novo!


Não adianta, amo esse lugar. Fomos nos feriados de 12 de outubro e o tempo feioso não atrapalhou em nada. Ao contrário, só me fez ver a cidade de um jeito mais romântico e introspectivo.
Os amigos, a casa, a cidade, a música que escapa dos bares à noite são o melhor alimento para meu espírito. Voltei bem, em estado de graça.