02 novembro 2012

Textos inspirados em outros textos – 7 – Marcelino Freire


Naquela bela manhã de setembro a brisa fresca soprava leve, suave como uma pétala de rosa em botão. O astro-rei, ainda fraco e vacilante, iluminava os edifícios majestosos e imponentes que se erguiam perfilados soberanamente nas ruas da grande metrópole. Ela, em seu vestido estampado e esvoaçante, caminhava calmamente pela Av. São João absorvendo a beleza da manhã primaveril. Eram tantos sentimentos confusos, tantas emoções intensas que suas inúmeras lembranças passavam por sua mente como um filme em tecnicolor, fazendo com que seu coração, impregnado de sensibilidade, se enchesse de alegria e paz. Pensava que agora que se tornara uma mulher de verdade, talvez, quem sabe, pudesse ser completamente feliz, como sempre sonhara nos dias felizes de sua infância inocente, pura, sem malícia. Delicadamente passou as mãos nos cabelos cacheados e revoltos, abriu os braços, olhou para o céu de um azul sem fim e agradeceu por aquele momento tão especial, único, mágico. Sentiu-se como jamais se sentira antes, pois, todo o seu ser estava surpreendentemente realizado, pleno e cheio de luz!

* uma provocação - tudo que, segundo Marcelino, não se deve fazer.

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