12 março 2014

E a Av. Paulista, hein? Virou o quê?

Depende.

De dia é uma avenida comum, com corredor de ônibus dos dois lados. No corredor de ônibus, porém, andam ciclistas, recicladores e suas carrocinhas, caminhões de entrega, um pouco de tudo.  Na hora do almoço os profissionais passeiam lentamente para fazer a digestão, fumar e depois cuspir chicletes, que viram aquelas manchas pretas, quase cobrindo certas áreas. Calçadas de bolinhas...

De noite é albergue, só falta alguma congregação religiosa começar a distribuir sopa para o pessoal que mora por  lá. A marquise do MASP, cartão postal da cidade, ainda está sendo ocupada de graça. Logo logo vão cobrar aluguel para montar barraca.

Ás sextas feiras, geralmente tem manifestação contra qualquer coisa: escalação do time de várzea, por exemplo. Eu vi, juro que vi. Ah! E tem os bares, geralmente ao lado das farmácias, onde ficam os fumantes. Muitos bares na calçada...

Aos sábados, de manhã, é uma sucursal do Parque Ibirapuera e, quando vem caindo a tarde, começam os skatistas tirando finas inacreditáveis dos transeuntes e matando de susto velhinhas desavisadas. Tem hordas de patinadores, tão agressivos quantos os skatista,s se enfiando entre pessoas de todo tipo.

Aos domingos é um circo. Músicos, palhaços, malabaristas, bandas de rock, Elvis Presley em pessoa, uma figura de rosa com cara e voz de homem parado em frente a um fusca também rosa, sanfoneiros, saxofonistas, gente oferecendo abraços de graça, que mais? Nem sei...

Para quem não lembra, as calçadas da Paulista eram daquela pedra portuguesa que acaba com qualquer salto alto. Era só buraco. Aí, alguém (ou alguéns) conseguiu pavimentar tudo, ficar uma beleza, tipo 5a. Ave. Adiantou? Nada.
assim, de longe, está bonita...