20 agosto 2014

FLORES ARTIFICIAIS


Luiz Ruffato lança em 2007 “De mim já nem se lembra”, e em 2009 “Estive em Lisboa e lembrei de você”. Por perceber a capacidade do autor em organizar coletâneas, o engenheiro Dório Finetto envia suas memórias de viagens com o título “Viagens à Terra Alheia”.
Na apresentação, Ruffato faz uma crítica ao original que recebeu, com referências literárias e históricas da obra. Seleciona as mais interessantes, transforma tudo em um romance e oferece ao leitor “Flores Artificiais.”
A imagem que fica não é a da capa,  muito menos a das flores mas, sim, das bonequinhas russas, as Matryoshkas, geralmente vêm sete, umas dentro das outras, o mesmo número de contos apresentados no livro.

Sendo assim, com uma história dentro da outra, Ruffato reescreve o que Finetto relata sobre esses anti-heróis, dentro do contexto do conto contemporâneo, tão humanos e vulneráveis, que são os protagonistas, não excluindo o próprio Ruffato, nem Finetto. Neles nos espelhamos. Talvez pela simplicidade, talvez pela maneira de apresentar  ou a multiplicidade de nacionalidades e locais, o livro é cativante, profundo, intrigante.

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