Luiz Ruffato lança em 2007 “De mim já nem se lembra”, e em
2009 “Estive em Lisboa e lembrei de você”. Por perceber a capacidade do autor
em organizar coletâneas, o engenheiro Dório Finetto envia suas memórias de
viagens com o título “Viagens à Terra Alheia”.
Na apresentação, Ruffato faz uma crítica ao original que
recebeu, com referências literárias e históricas da obra. Seleciona as mais
interessantes, transforma tudo em um romance e oferece ao leitor “Flores
Artificiais.”
A imagem que fica não é a da capa, muito menos a das flores mas, sim, das
bonequinhas russas, as Matryoshkas, geralmente vêm sete,
umas dentro das outras, o mesmo número de contos apresentados no livro.
Sendo assim, com uma história dentro da outra, Ruffato
reescreve o que Finetto relata sobre esses anti-heróis, dentro do contexto do
conto contemporâneo, tão humanos e vulneráveis, que são os protagonistas, não
excluindo o próprio Ruffato, nem Finetto. Neles nos espelhamos. Talvez pela
simplicidade, talvez pela maneira de apresentar ou a multiplicidade de nacionalidades e
locais, o livro é cativante, profundo, intrigante.
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