Zé chegou para trabalhar
desanimado. Fumou um cigarro na esquina, voltou para o café e começou a limpar as mesas sem vontade de nada .
O café foi enchendo, as pessoas
começam a fazer pedidos, a falar mais alto e o movimento da clientela
animou nosso amigo ,
que entre
um pedido
e outro bebeu um gole conhaque direto da
garrafa que mantinha bem escondida. Limpou a boca na manga da camisa e
continuou de olho na loira sozinha,
fumando. Lá pelas tantas, entra um sujeito falando ao celular , vai direto para o fundo do café,
puxa a cadeira com pressa e se
senta em frente
à loira que esmaga o cigarro e faz cara de nojo.
Zé, que havia visto tudo ,
procurou rodear a mesa para ver
se ouvia alguma coisa , mas
não conseguiu. O homem
falou, falou e falou sem parar .
A loira sorriu e soltou uma gargalhada .
O homem levantou-se irritado, jogou
sobre a mesa cinco notas de R$100,00 e saiu do mesmo
jeito que
entrou. A loira pediu a conta e quando
Zé foi levar , ela ,
que já
estava de pé , arremessou os peitões contra o peito
de Zé, deu-lhe um beijo
cinematográfico e saiu.
3 comentários:
Ah mas quem era ela? Pq o beijo?Fiquei imaginando a cena e pensando na reação do Zé...
Ah mas quem era ela? Pq o beijo?Fiquei imaginando a cena e pensando na reação do Zé...
Maria Cristina! O bom do "Café do Zé" é justo isso! As coisas que acontecem lá são cenas de vida.
Bruna.
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